Resenha do artigo Enfoques teóricos dominantes nas Ciências da Comunicação e os distintos olhares sobre o receptor” de Juçara Brittes.

O artigo de Juçara Brittes encaminha uma busca pelo entendimento da construção do receptor ao longo da história das ciências da comunicação. Para tal, ela faz uma análise dos principais paradigmas, correntes de pensamento, postulados e os demais, que procuram teorizar a comunicação enquanto ciência, e que procuram explicar essa relação entre emissor e receptor das informações. A autora também pretende através desde objetos de estudo, dissertar sobre os diferentes significados que esses enfoque teóricos dão ao "receptor". O olhar cibernético tem como objetivo estudar os mecanismos pelos quais a comunicação controla máquinas e seres vivos, e a finalidade de quem comanda esse processo. Por tratar de dados objetivos e quantitativos, avalia a ligação entre emissor e receptor linearmente. Devido a essa linearidade, a cibernética se torna um exemplo de processo de obtenção do máximo de informação com o mínimo de deformação. Já nos estudos behavoristas a respeito da comunicação, os próprios meios de comunicação são considerados poderosos instrumentos estimulantes, se comparados aos receptores, que podem ser considerados vulneráveis. Logo, podemos perceber, que nesse olhar sobre a comunicação, o receptor é tido como um destinatário que pode ter seu comportamento influenciado pelas informações que lhe foram "passadas" pelo emissor. Partindo do princípio presente nos postulados funcionalistas, podemos avaliar o "lado" do funcionalismo clássico, onde o sujeito é tido como racional e autônomo, capaz de distinguir a mensagem do emissor. E também tem o funcionalismo do uso e das gratificações, que procura compreender as experiências do receptor para com os meios. Ainda dentro do funcionalismo, encontra-se o "de Palo Alto", que interpreta o sujeito como os funcionalistas clássicos porém esse se torna alvo das mensagens midiáticas contraditórias. Para os Frankfurtianos a indústria cultural fez com que se tornasse mais um objeto da própria indústria, deixando de decidir