Teoria da Comunicação - Resenha do artigo de Juçara Brittes
Enfoques teóricos dominantes nas Ciências da Comunicação e os distintos olhares sobre o receptor
Ludmila de Azevedo Krepe
Na introdução do artigo, Juçara Brittes questiona a identificação do receptor no interior das teorias elaborados no campo da comunicação social. Há uma divergência a respeito da nomenclatura do sujeito que recebe a informação, que muitas vezes é chamado também de público alvo, consumidor, receptor, espectador e ouvinte. Nos estudos filosóficos, às vezes é visto como sujeito, e outras como objeto. Também pode ser visto como um híbrido. A única certeza é a de que o termo ultrapassa os limites de significado, abrangendo diversas ideias distintas. O receptor, no ensaio de Brittes, é abordado a partir de diferentes óticas e pontos de vista.
O primeiro enfoque da autora é o Olhar Cibernético. Trata-se do Modelo Teórico-Matemático, que analisa a comunicação de forma sistemática. Na cadeia comucacional os elementos são compreendidos como sendo interdependentes, lineares. Nas extremidades do processo se encontram o emissor e o receptor.
A seguir, é abordada a questão behaviorista. Seus estudos revelam que o comportamento do receptor pode mudar de acordo com a informação recebida, mantendo o receptor em condição de destinatário. A cultura e sociedade de massa também são mencionadas, pois seus fenômenos, juntamente com estudos acerca de publicidade e propaganda, que estão diretamente relacionadas às mensagens.
A partir do Funcionalismo há um maior destaque. Brittes explica que essa escola teve mais influência nas ciências da comunicação, admitindo a sociedade de forma orgânica pela função que seus elementos assumem. É citado o exemplo do Modelo da Agulha Hipodérmica, uma das principais teses funcionalistas. Há também a comparação da visão Behavorista com a visão Funcionalista a respeito do receptor: os primeiros o consideram vulnerável aos estímulos do meio,