biologia
A crise energética, o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio e as novas moléstias, como a AIDS, são algumas das questões e desafios que no final do século XX levaram as ciências biológicas a uma maior interdisciplinaridade, poder de síntese e precisão.
Biologia é o conjunto das disciplinas que têm por objeto os seres vivos. Estuda portanto a estrutura, as funções, a evolução e as interações das várias formas de vida entre si e com o meio circundante. As ciências biológicas, juntamente com as geológicas, formam a história natural, que pode ser vista como precursora da moderna ecologia.
Seres vivos e brutos. As diferenças entre um mineral, uma planta e um animal são evidentes, o que leva a supor que é fácil definir um ser vivo. Mas um cristal e um vírus podem ter formas similares e assim suscitar dúvidas sobre a distinção entre ser vivo e ser inanimado e sobre a definição da vida.
Um critério básico para definir um ser vivo é sua capacidade de ajustar-se ao meio e de extrair dele a energia necessária a suas estruturas e funções. A homeostase -- termo criado por Claude Bernard no século XIX -- é a tendência, comum a todas as formas vivas, de manter a estabilidade fisiológica. Todavia, os mecanismos homeostáticos operam dentro de certos limites de pressão, temperatura, umidade, acidez etc. Esses mecanismos de regulação põem em funcionamento sistemas que impedem que mudanças ambientais alterem demasiadamente o estado interno do ser. Assim, uma árvore pode gerar um córtex mais grosso quando o clima se torna mais frio ou seco que o habitual; o organismo humano é capaz de sintetizar pigmentos para proteger a pele dos raios solares; alguns animais hibernam quando o frio os força a um enorme gasto energético.
Há casos em que o controle é feito por mecanismos comportamentais. Assim, por exemplo, a abelha (Apis mellifera) é capaz de controlar a temperatura no interior da colméia por meio da água trazida para dentro e que se evapora graças à ventilação