Resenha do artigo Artigo: “Estudos Críticos em administração"

Artigo: “Estudos Críticos em administração: reflexões e constatações sobre Produção Brasileira”. Autores: Eduardo Davel e Rafael Alcadipani. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS, 2., 2002, Recife.

O artigo em questão pretende falar sobre o desenvolvimento da produção acadêmica no Brasil, quando leva-se em consideração a emergência do campo de “estudos críticos em administração” durante os anos 90. A partir da década de 1990, a perspectiva crítica se consolidou no contexto anglo-saxonico com o desenvolvimento do movimento chamado Critical Management Studies (CMS). No Brasil, os estudos críticos em administração (ECA) também surgiu nessa década e se caracterizam pelo seu crescimento, qualidade duvidosa e pela dependência da literatura americana e britânica, além de ser situada no paradigma funcionalista. Uma abordagem crítica dos ECA buscam questionar a racionalidade das teorias tradicionais e mostrar que “um livro não se julga pela capa”. Porém, o fato de apenas criticar algo e apontar erros através da abordagem funcionalista não significa ser crítico segundo os ECA. Estabelecem-se três pontos de partida para considerar um estudo como de ordem crítica: desnaturalização, intenções desvinculadas da performance e ideal emancipatório. A seguir, propõe-se três tendências teóricas tradicionais: tradições modernistas que se desenvolvem com o marxismo e a escola de Frankfurt; tradições pós-analíticas; e teorias feministas. O artigo fala que apesar da baixa produção de pesquisas críticas no Brasil, esse percentual subiu de 1992 a 2000. Os assuntos mais recorrentes são sobre dominação, ideologia, exclusão social, entre outros. Quanto a influencia teórica dominante nas publicações, temos as tradições modernistas com 61% dos artigos. Nota-se também que a maioria dos artigos dão preferencia à discussão conceitual de problemáticas das organizações. Passando para o lado crítico deste texto, podemos abordar algumas ideias de Sobral e Peci (2008) sobre o