Resenha de o homem que confundiu sua mulher com um chapéu e outras histórias clínicas
Oliver Wolf Sacks, neurologista britânico, escreveu vários livros sobre seus pacientes, alguns dos quais muito importantes para a área da saúde e bastante lidos. Sacks fez bacharelado em medicina, em 1958, na universidade de Oxford. Entre as produções textuais do referido neurologista, encontra-se o livro O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, em 1985, no qual a borda a questão da agnosia, deficiência que afeta o sistema nervoso.
No livro O homem que confundiu sua esposa com um chapéu, Sacks conta a história de um de seus pacientes que sofria de agnosia visual. Esse paciente, Dr. P., era um exímio cantor que passou a dar aula numa faculdade de música da sua região. Na relação que Dr. P. tinha com os seus alunos que alguns problemas foram observados pela primeira vez. Enquanto algumas pessoas riam, a doença de Dr. P. ia aumentando cada vez mais e o professor de música ia deixando de reconhecer os rostos das pessoas, confundindo-os, às vezes, com hidrantes etc. Quanto aos alunos, Dr. P. passou a reconhecê-los pela voz. Embora estivesse nessas condições, o músico mantinha a sua capacidade musical e não se sentia doente. Apenas três anos mais tarde notou que havia alguma coisa errada.
Com receio de que a diabetes atingir a sua visão, Dr. P. buscou por um oftalmologista, que, após examiná-lo, chegou á conclusão de que havia um problema nas partes do cérebro responsáveis pela visão e o encaminhou a um neurologista. Foi dessa forma que Dr. P. conheceu Sacks.
Sacks (1997) notou que não havia nenhum sinal de demência em Dr. P. na acepção comum do termo. Sacks percebeu que havia algo errado quando notou que o paciente fixava seus olhos na orelha. Num exame mais aprofundado, o médico notou que seus reflexos do lado esquerdo eram anormais. Depois de alguns exames, entendendo que a consulta havia acabado, Dr. P. estendeu a mão e