Resenha de texto "Aqueles que vão para o Mar"
Escola de Educação Física e Desportos
Resenha
“Aqueles que vão para o mar”
Larissa Clair Cunha Ferreira
Resenha descritiva do artigo “Aqueles que vão para o mar” de David Le Breton, por Larissa Clair.
Sob uma perspectiva filosófica, o texto aborda os riscos inerentes à existência humana. A vida é frágil e está sujeita aos riscos dos acontecimentos cotidianos. A imprevisibilidade de se estar em segurança ou vulnerável, mesmo quando se traça um caminho pré-determinado, faz parte da busca do homem pelo prazer de viver as coisas do mundo. Não se expor aos riscos pode sufocar a criatividade pessoal e as descobertas do mundo, ou seja, manter-se em segurança pode muitas vezes tornar a vida entediante e privar o indivíduo das diversas experiências que do mundo. Assumir riscos e se expor proporcionam um autoconhecimento e o gosto por viver. A sociedade, porém, impõe aos indivíduos a exaltação de um mundo competitivo, onde ser eficiente é conquistar vitórias. O gosto pela aventura se confunde muitas vezes em querer provar, a si mesmo ou aos outros, a própria existência. “Na falta dos limites culturais que a sociedade não lhe dá mais, o individuo busca limites físicos.” Para sentir-se parte dessa sociedade, ultrapassa os limites ao máximo por uma necessidade pessoal de justificar sua existência. Viver os riscos passa a fazer parte da vida real, em uma sociedade tida como protetora. Uma motivação intrínseca e a vontade de fazer algo que traga alegria, frisson, passam a ser o combustível que move o mundo de aventuras. A alegria de fazer algo que proporcione prazer para não perder encanto do mundo. Superar as dificuldades leva à realização de sentir-se capaz. A incerteza do mundo e a experiência conquistada por superar os desafios. O gosto e o prazer pela incerteza dão lugar à segurança e tranqüilidade que entediam. O mar é a via que possibilita as conquistas pessoais e