resenha de "ciência com consciência" - pp.15 - 36
Edgar Morin nasceu no ano de 1921 em Paris, é formado em Direito, História e Geografia, é também pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique).
No inicio da obra, o autor começa enaltecendo a ciência, tratando a como “elucidativa” e “enriquecedora”(p.14), e expondo o progresso que ela trouxe ao ser humano. O grande mérito do autor esta no fato dele também lembrar que esta espetacular ciência traz ao mesmo tempo grandes problemas para a sociedade. Um bom exemplo para o que foi mencionado é a teoria da relatividade de Einsten, a qual ajuda o ser humano no cálculo de fenômenos espaciais e que também foi importante para a construção da bomba atômica.
Depois da “triagem” sobre o conhecimento cientifico, Edgar Morin faz uma lista muito interessante de características ruins da ciência que muitas vezes são consideradas secundárias. São elas:
1) A superespecialização resultante da divisão do trabalho, a qual faz com que o trabalhador só consiga desenvolver uma atividade especifica. Isso aparece bem nas ciências em geral, de tal forma que a grande divisão gera dificuldade na interação dos ramos da ciência(no livro, o autor aborda as ciências antroposociais para abordar a questão, porém podemos ressaltar que esse lado negativo é visto em toda ciência, ou em melhor ainda, em toda profissão);
2) A separação existente entre as ciências humanas e as naturais;
3) A “ tendência para o anonimato”(p.17) que leva o saber a ser acumulado num simples banco de dados – algo que o torna manipulável para os poderes por exemplo;
4) O “risco” que existe na possibilidade de criações ruins para o planeta e todos os seres vivos– é o caso da bomba atômica e armas químicas – e a influência externa sobre a ciência que provém de pessoas com poder, sendo que elas podem vir a manipular e utilizar desse tipo de criação.
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