Resenha da Ética de Aristóteles
A importante obra, conhecida como a “Ética a Nicômaco” de Aristóteles, procura refletir a questão da felicidade e do bem, os quais marcam a busca dos seres humanos, segundo o próprio filósofo. O texto também aborda considerações como o bem, a educação e o equilíbrio, na tentativa de avaliar o espaço da ética na vida social. Aristóteles inicia o texto admitindo que toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, apontam a um bem qualquer; e por isso que o bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre os fins observa-se certa distinção: “alguns são atividades, outros são produtos distintos das atividades que os produzem. Onde existem fins distintos das ações, são eles por natureza mais excelentes do que estas.” (Ética a Nicômaco _ Aristóteles; Os Pensadores). Se existe para as coisas que fazemos algum fim que desejamos para nós mesmo evidentemente tal fim deve ser o sumo bem. Esse bem é o objeto da ciência mais importante e que prevalece sobre tudo. Esta é a ciência política, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas em uma cidade-estado. A ciência política investiga as ações justas e belas, e estas admitem grande variedade e flutuações de opinião. Portanto, devemos contentar-nos em indicar a verdade de forma aproximada, pois é característica do homem instruído buscar certa precisão. O autor ainda afirma que todo conhecimento e todo trabalho aponta a algum bem, e dessa forma devemos procurar o mais alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação. Esse bem supremo é a felicidade e consideram que o bem viver e o bem agir equivalem a ser feliz. Para ouvir inteligentemente as falas sobre o que é nobre e justo, e em geral sobre temas de ciência política, é preciso ter sido educado nos bons hábitos. Pode-se dizer, com efeito, que existem três principais tipos de vida: a vida agradável, a vida política e a vida contemplativa. “Das coisas a mais nobre e mais