Resenha crítica
Gustavo Ioschpe: no artigo "Pelo direito à ruindade" critica o MEC pela iniciativa, que considera "antiliberal", de averiguar melhor a qualidade do ensino superior (em particular as faculdades de direito e pedagogia), sob pena de fazer reduzir a oferta de vagas ou mesmo fechar o curso. Ora, se o ministério da educação tem uma iniciativa como essa é porque os cursos com baixas notas não estão se saindo como o esperado, além do mais esses mesmos cursos tem um prazo para se estabilizarem, ou seja, são fechados aqueles que não conseguem cumprir com as expectativas.
Não é muito difícil entender Ioschpe, o problema do autor é que, ao falar de educação, ele se prende a sua formação de economista. Isso é um erro porque em Economia todo tipo de fenômeno é explicado por meio de estatísticas, mas em Educação isso é impraticável, principalmente num país de extremos e de realidades diferentes como o nosso.
Em síntese falar de educação gera muito atrito, pois é nela que depositamos um peso desmedido para o desenvolvimento de um pais. Ainda que chegássemos a um consenso, caberia na verdade, a cada um que fosse escolher a carreira acadêmica o ato de não se importar com que os outros pensam, só porque um determinado curso que não está bem em uma avaliação, que não prova nada, é tido como “inapropriado”. Seja dito de passagem são estes cursos com notas baixas que tem extrema importância para o desenvolvimento do nosso pais.