RESENHA CRÍTICA ‘Estive em Lisboa e lembrei de você’
Serginho passa a ser constantemente confrontado com a “cultura” portuguesa, o que provoca uma “transformação” interna e em suas relações sociais. Na medida em que suas referências do cotidiano interiorano mineiro vão se distanciando suas manifestações tradicionais se tornam cada vez mais espectrais. Isto faz também com que o protagonista agarre-se a suas tradições, mas também que se desvincule de certas referências; o que traz novos contornos ao universo das suas relações sociais e lhe guia na busca do conforto de laços afetivos envoltos pela identificação, ou seja, de se reconhecer e reencontrar nestes laços.
Assim, estabelece-se um confronto entre aquela identidade originária de um mineiro e brasileiro, revividos sob seus sentimentos e projeções imagéticas do que se viveu, opondo-se a posição de ser um imigrante em outro país com um cenário político, social, e cultural estranho a ele. Todo esse contexto levando-o a se identificar e se reconhecer como detentor de determinados e específicos valores culturais que fica mais evidente quando Sergio conhece Sheila e desenvolve um relacionamento, que