Resenha Crítica - A Hora Do lobo
1968
Direção: Ingmar Bergman.
Elenco: Max von Sydow, Liv Ullman, Ingrid Thulin, Erland Josephson, Georg Rydeberg, Gertrud Fridh, Naima Wifstrand, Gudrun Brost, Bertil Anderberg e Ulf Johanson.
Gênero: Drama/Terror
O início do filme se dá através de um texto introduzindo sua base:Um diário cedido pela esposa de um falecido pintor onde o mesmo escrevia sobre questões pessoais,sobre sua rotina,seus pensamentos e angústias.Nota-se a sonoridade de um estúdio de gravação seguido pelo grito de “ação” dito por Ingmar Bergan.O enredo a partir daí apresenta a chegada do casal Johan e Alma a uma ilha afastada onde passam a morar e as mostra das lembranças contidas no diário do pintor,porém,devido a grupo de pessoas de alta classe que,a primeiro ver,aparentam ser grandes admiradores das pinturas de Johan,demonstram uma lado mais sombrio para torturar sua mente.O título do filme faz referência a uma crença antiga que dizia que entre a meia noite e a alvorada era a hora em que morriam e nasciam mais pessoas,podendo se encaixar também no horário que um lobo executa seus uivos.O grande destaque desta obra é o grande enfoque nas expressões faciais principalmente de Alma(Liv Ullman) que tem uma grande preocupação em relação ao marido;apesar de seu gênero ser voltado ao terror,o enfoque do sofrimento é a mente enquanto o dor corpórea ocupa um segundo plano e as cenas silenciosas são as que exprimem as informações mais importantes e que expõe o quão perturbada está a mente de Johan e posteriormente de Alma,o que leva o espectador a se perguntar até que ponto a fantasia se sobressai diante da realidade.