Resenha crítica: tristão e isólda
Bruna Bertolo
“Tristão e Isolda”, título original “Tristan & Isolde”, filme americano lançado em 2006, dirigido por Kevin Reinolds, é baseado em uma lenda celta da Idade Média que conta sobre o trágico amor entre o cavaleiro Tristão (James Franco), da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda (Sophia Myles). Tristão, excelente cavaleiro sempre a serviço de seu tio, Lord Marke (Rufus Sewell) da Grã-Bretanha, quem o adotou após o assassinato de seus pais por conspiradores, foi gravemente ferido em batalha. Dado como morto por conta de uma toxina paralisante foi colocado em um barco funerário e lançado ao mar. Isolda acaba por encontrá-lo na costa do território irlandês, mas mentiu sobre seu nome.
No curto tempo em que estiveram juntos, eles se apaixonam, porém o jovem cavaleiro deveria retornar para casa. Tristão ao voltar, decidiu participar do torneio promovido pelo rei da Irlanda, Donnchadh, que prometeu a mão da filha como prêmio. Ele enfrentou o desafio e o venceu. Sem saber que Isolda era o seu amor, Tristão ofereceu-a a Marke, para promover a união da Grã-Bretanha, mas quando ele a viu, a confusão tomou conta de sua cabeça, e ele terá que decidir entre a amizade e lealdade por Marke, e o amor que sente por Isolda.
O filme acontece durante a Idade Média e possui a forte presença do feudalismo e do cavaleiro medieval - seguindo os princípios cristãos da honra e lealdade -, características marcantes do movimento literário Trovadorismo. Ao longo do filme, são perceptíveis outras características, como a relação de suserana e vassalo, o amor impossível entre eles. “Antes separados pela guerra dos países, agora pela lealdade ao seu Rei e ao seu país. Tristão e Isolda deveriam suprimir seus sentimentos pelo bem da paz e o futuro da Inglaterra, porém ele teve que contentar-se com o destino de ver a sua amada entregar-se ao homem que tanto admira e ama como pai.” (Mendes, 2008).