RESENHA CRÍTICA SOBRE “A TEORIA CRÍTICA: ONTEM E HOJE
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A obra é composta de três partes: O histórico da Escola de Frankfurt; o conteúdo
programático da teoria crítica; e a teoria crítica no debate teórico contemporâneo. A
terceira parte não faz parte do escopo deste trabalho.
Na primeira parte, a autora apresenta um elucidativo histórico do Institut fuer
Sozialforschung, o qual ela divide em quatro fases:
a) a criação e consolidação em Frankfurt (1922 a 1932) do instituto, que foi
financiado por Felix Weil e idealizado e organizado pelos os marxistas Karl Korsch,
Georg Lukács, Friedrich Pollock, Karl August Wiitfogel e outros. Com a nomeação de
Max Horkheimer para a direção em 1930, o instituto passou a ser um verdadeiro centro
de pesquisa, voltado para a análise crítica dos problemas do capitalismo moderno.
Segundo a autora, um dos trabalhos mais significativos desse período foi o Studien
ueber Autoritaet und Familie (Estudos sobre Autoridade e Família, Paris, 1936),
coordenado por Horkheimer e Fromm, por tratar de um estudo empiricamente orientado
que procurou obter informações sobre a estrutura de personalidade da classe operária
européia. Para a autora, essa primeira fase de existência foi marcada pela filosofia social
de Max Horkheimer, inspirado no freudo-marxismo de Reich e Fromm.
b) a emigração para a Suíça e depois para os EUA, no período de Pré-Guerra
e da Segunda Guerra Mundial (1933 a 1950). Nesta fase, as publicações do instituto
fundaram a teoria crítica no ensaio "A Teoria Crítica e Teoria Tradicional" (1937).
Além disso, surgiram duas obras que se tornaram marcos para a pesquisa e teorização
sociológicas: The Authoritarian Personality (1950), pesquisa empírica elaborada
por Adorno, conjuntamente com psicólogos, psicanalistas,