Esping-Andersen, caracterize os três regimes de Welfare State por ele elaborados
O welfare state em sua definição mais simplificada preconiza responsabilidade estatal no sentido de garantir bem-estar mínimo aos cidadãos. Porém o welfare state não pode ser compreendido apenas em termos de direitos e garantias; é preciso considerar de que maneira as atividades do Estado interagem com os papeis do mercado e da família em termos de provisão social. É comum encontrarmos combinações qualitativamente diferentes entre Estado, mercado e família nos diversos países que adotaram este modelo. Tais combinações foram agrupadas em três tipos de regime de welfare states. Vale apenas ressaltar que os welfare states formam um grupo, mas que não existe um caso puro, há sempre uma incorporação ou adoção de características de um regime em outro e vice-versa.
Um primeiro grupo de regime apresenta o welfare state caracterizado como “liberal”. Neste regime, o progresso da reforma social foi severamente limitado pelas normas tradicionais e liberais da ética do trabalho; os benefícios e assistências, que não são nada grandiosos, são direcionados às pessoas de baixa renda, em geral da classe trabalhadora ou dependente do Estado, mas as regras para a habilitação desses benefícios são estritas e em sua maioria associadas ao estigma. O Estado encoraja o mercado de forma passiva, quando garante à população apenas o mínimo, e também de forma ativa quando subsidia programas privados de previdência social. Podemos citar os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália que se enquadram neste tipo de modelo.
Outro regime teve como característica forte a preservação das diferenças de status, o que significava que os direitos estavam relacionados à classe e ao status. Por tal, o welfare state tinha caráter corporativista e conservador; um