Resenha Crítica sobre Antologia da imagem de André Bazin
''Se a história das artes plásticas não é somente a de sua estética, mas antes a de sua psicologia então ela é essencialmente a história da semelhança, ou, se quer, do realismo.'' - Andre Bazin
A arte como efígie da realidade , como portal para eras distantes ou simplesmente como retrato de tempos passados recheiam a história do homem. Ao desassociarmos a questão estética embutida, seja de cunho histórico-cultural, ou de devaneios do artista, temos o contexto do real, de reprodução. Já nas cavernas onde o homem representava as experiências vividas de sua época observa-se a importância de gravar aquela mensagem, independente de seu aspecto estético. Nesta época, prevalece o efeito da verossimilhança, tendo em vista que estas primeiras comunidades humanas que sobreviviam unicamente da caça de animais, representavam seu modo de vida nas paredes das cavernas que habitavam.
Com o avanço da história e da formação a cidades e de uma organização social dividida em papéis sociais diferentes para cada grupo de indivíduos e com o surgimento da religião, as representações pictóricas, as esculturas gradualmente se afastaram do efeito da verossimilhança passando a ter conotações estéticas. Isto porque já não eram mais somente a reprodução fiel dos fatos da realidade vivida no cotidiano, havia um investimento imaginativo único em cada peça produzida.
Com o passar dos séculos já na era moderna com o renascimento, tem-se não só o apogeu da obra de arte e da estética, como também da autoria da obra de arte. A arte passou a ter um novo papel social, não apenas no escopo religioso em sua devoção mas com o intuito de encontrar o homem terreno. A arte prenunciou um novo tempo de libertação do julgo religioso e nesse sentido, ela foi realista e cumpriu o papel social de afirmar a importância do homem e da vida terrena, valorizando seus modo de vida, seus costumes, seus aparatos, seus cenários e suas descobertas.
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