Resenha Crítica Meu Nome não é Johnny
655 palavras
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A política criminal de combate às drogas são as medidas tomadas pelo Estado na busca pela redução da criminalidade. Tanto no plano internacional, quanto no nacional, o modelo perseguido é o chamado “modelo bélico” que consiste em um combate às drogas como se fosse uma guerra. O modelo bélico de combate às drogas resulta em violação de direitos fundamentais como inviolabilidade ao domicílio, saúde, vida e integridade física, uma vez que a guerra justifica todo o desrespeito. Desse modo, o discurso punitivo atingiu as maiores escalas repressivas, de modo a justificar e a legitimar as operações policiais de enfrentamento ao tráfico de drogas, que deixou de ser compreendido como um problema de saúde pública para se tornar o ponto essencial de uma política de extermínio. No Brasil, a lei que regula as drogas é a Lei 11.343/06, que instituiu o SISNAD (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas) e aderiu a dois modelos dicotômicos. Por um lado, de acordo com seu artigo 3º, propõe-se a prevenção ao uso e a reinserção social ao usuário de drogas e, por outro, a repressão ao traficante. A criminalização da pobreza é traduzida em pesquisas que mostram que o perfil do usuário condenado por tráfico de drogas é jovem, entre 18 e 25 anos, afrodescendente com educação fundamental e sem antecedentes criminais.
O filme “Meu nome não é Johnny”, baseado em fatos reais, mostra um lado do mundo do tráfico não tão enfatizado. Trata-se de um jovem da classe média carioca, chamado João Guilherme Estrella que de usuário de drogas passou a vendê-las para os amigos. Envolvendo-se cada mais nesse universo e privilegiado por sua capacidade empresarial e visão inovadora, passou a fazer grandes negócios área e tornou-se conhecido nesse ramo. No entanto, João não guardava os altos valores em dinheiro que conseguia com seus negócios bem sucedidos, ele acabava gastando para realizar seus desejos ao lado de sua esposa Sofia. João, ao ser flagrado, é preso enquanto aguarda seu