Resenha Crítica Matrix

Matrix foi produzido num período em que o mundo vivia a expectativa do bug do milênio (1999). Esperava-se que, na virada do século, ocorresse uma grande pane generalizada nos computadores de todo o mundo, gerando alterações e perda de dados virtuais. Nessa época, a internet já se mostrava como uma realidade que havia chegado para ficar. Não é à toa que as cores mais presentes no figurino são o verde e o preto, uma referência às telas dos antigos computadores X-P 286.
Figurino:
O figurino de um filme, assim como o vestuário dos indivíduos na vida real, oferece informações sobre todo o elenco. Ele é, juntamente com os atores, a representação visual de cada personagem e trás, por exemplo, informações de sua classe social, do período histórico em que ele vive e o seu perfil psicológico.
Em Matrix roupas escuras foram usadas, a fim de que proporcionassem alto nível de contraste nas cenas. Como as cenas são mais abertas, as peças não possuem detalhes ou bordados nos colarinhos. O figurino é simples e limpo. Neo usa calça e capa negra que quase lhe cobre os pés. Trinity veste macacão ou calça e jaqueta curta de vinil preto. Ambos usam botas e óculos escuros. Morpheus tem calça e capa de couro (tipo crocodilo) pretas com gravata verde (mais uma vez fazendo referencia às telas dos antigos computadores X-P 286). O agente Smith usa camisa branca, terno, óculos e gravata negros. Já dentro da nave chamada “Nabucodonosor” os personagens usam roupas extremamente detonadas, geralmente na cor cinza que são sempre sujas e rasgadas para demonstrar a pobreza em que eles vivem fora da Matrix.
Cenário:
Matrix deu um clima de arquitetura decadente, velha, aos cenários dos imensos túneis do mundo real, usados pela frota dos rebeldes para transitarem entre Zion e Matrix. É um lugar ameaçador, com uma decoração intrincada que dá a sensação de milhares de anos de destruição e ruína. Mas, de certo modo, celebra a vontade do homem de viver a vida ao máximo e a esperança. Os cenários