Resenha Crítica Filme A Rede Social

Atualmente, vemos claramente que a palavra “nerd” está muito na moda, ser nerd agora é cool, é ser a pessoa bem sucedida do futuro, o filme “A Rede Social” retrata exatamente isso, o roteiro deste não é sobre o Facebook, mas sim sobre a vida do seu principal idealizador, Mark Zuckerberg, pessoa pouco sociável, mas com um desejo profundo de ser aceito pelos círculos sociais, que à partir de um fora da namorada (e como forma de vingança), acaba criando o primeiro projeto do que viria a ser o Facebook, o controverso Facemash, essa “brincadeira” acaba levando o protagonista ao centro das atenções, o quê por sua vez acaba atraindo os gêmeos Winklevoss, de onde Zuckerberg recebe (ou rouba, depende do ponto de vista) novas idéias, que o levam ao seu mais ambicioso projeto desde então. Assim está formada a trama para a história apresentada, com Mark de um lado defendendo seus créditos pela criação do site, de outro os gêmeos, que o acusam de traição e plágio, e ainda, em outro extremo observamos o brasileiro Eduardo Saverin, que após investir tempo e dinheiro no projeto entra com uma ação judicial contra Zuckerberg.
Toda essa confusão está espetacularmente amarrada pela direção de David Fincher (“O Curioso Caso de Benjamin Button”, “Clube da Luta” e “O Quarto do Pânico”), que impõe ao filme um ritmo bastante acelerado, com cortes rápidos e uma sequencia cronológica aleatória, que faz com que o tempo passe despercebido, e representa o (des)controle que Mark teve sobre os acontecimentos à partir do qual o Facebook foi criado. Os diálogos rápidos, característicos do diretor, são uma clara referência ao alto nível intelectual do meio no qual os personagens estão inseridos, logo na primeira cena do filme, o bar onde Mark e Erica têm a primeira discussão sobre círculos sociais, podemos notar essa característica, que em uma primeira impressão, faz com que o espectador se sinta deslocado do contexto.
A construção rítmica do filme referencia à velocidade com a qual as coisas