Resenha Crítica do texto Exaltar a pátria ou formar o Cidadão
Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e professora adjunta de História da Educação, na Universidade federal de Minas Gerais, dos cursos de graduação de Pedagogia e pós-graduação em Educação. Thais Nívia de Lima e Fonseca é pesquisadora do grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação e também participa do Grupo de Trabalho “História da Educação” da ANPED e o grupo de trabalho “Ensino de História e Educação” da ANPUH. Amplia pesquisas sobre o imaginário e representações no ensino de História e na educação nacionalista no Brasil do século XX, além de coordenar pesquisas de levantamento de fontes para a história da educação em Minas Gerais do século XVIII. O livro cujo capítulo está em discussão é o sexto volume da coleção “História & Reflexões” e cogita temas relativos às práticas de ensino na contemporaneidade, avaliando a trajetória da educação no Brasil e edificando revides aos problemas deparados neste setor.
“A História não se constituía, pois, como disciplina escolar e tinha, na verdade, função instrumental, com objetivos exteriores a ela.”1*
A atuação na formação da educação no Brasil torna a Companhia de Jesus um alvo que caminha entre duas vertentes: a responsabilidade da educação escolar e a interferência na criação de Universidades no Brasil, alegando dependência e controle sobre a formação intelectual das elites coloniais. Havia uma convergência entre o Estado português e a Companhia na concepção da colonização como uma empreitada de cunho religioso. Mas no governo do Marquês de Pombal (1750 – 1777) os jesuítas são expulsos de todo o Império e dos domínios de ultramar.
“O Estado deveria, por isso, assumir o seu controle, definindo diretrizes e controlando ações.”2*
A reforma de Pombal que visava o desenvolvimento do país e autonomia perante potências europeias de outrora permanecia