Resenha Crítica do Livro "Helena"
ASSIS, Machado de. Helena. São Paulo: Cultrix Ltda., 1960.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, a 21 de julho do ano de 1839, tendo falecido em 1908. Filho de pais humildes, foi vendedor de doces, tipógrafo na imprensa nacional, balconista de livraria e funcionário da Secretaria da Agricultura. Era um homem indiferente a política, talvez, consequência de sua timidez. Começou sua vida literária quando era balconista da livraria de Paula Brito. Sempre se mostrou um homem de intensas e profundas reflexões. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
O livro começa com uma grande perca: a morte de Conselheiro Vale. Homem astuto e rico. Deixava ao mundo, até onde se sabia, um filho, Estácio e uma irmã, D. Úrsula. Nem tempo houve de fazer bênçãos religiosas ou de tentar algum tipo de tratamento de tão fulminante que foi a doença que o matou: apoplexia, uma doença que faz afecções que derivam-se de um derrame sanguíneo dentro de um órgão. Logo após a morte, Dr. Camargo, médico e amigo de Conselheiro Vale pediu se havia um testamento deixado por Vale, mas como D. Úrsula e Estácio não sabiam responder-lhe, foram à procura deste tal testamento até o acharem em uma gaveta. Houve um grande mistério criado por Dr. Camargo para a abertura do tal testamento até que, no dia seguinte a localização do testamento, foi revelado o que havia nele. Os bens de Conselheiro Vale foram destinados para seus herdeiros e afilhados mas houve uma grande surpresa contida naquele testamento. Era o fato de ele ter uma filha por nome de Helena da qual ele pedia para que fossem entregues alguns bens para ela e que ela fosse acolhida pela família sem discriminação. Estácio não viu problema em acolher sua suposta irmã mas D. Úrsula era totalmente contrária a decisão deixada por Vale. Certo dia, Helena chega em Andaraí. Estácio, como de praxe, recebeu-a com cordialidade e ao decorrer se tornaram logo íntimos um do outro. D. Úrsula