Resenha Crítica do filme Nell
O filme relata a história de “Nell”, uma mulher de aproximadamente 30 anos, mas que apresenta comportamentos peculiares divergentes do padrão estabelecido pela sociedade moderna. As primeiras cenas do filme mostram uma senhora idosa morta (mãe de Nell) em uma casa no meio de um bosque, e seu corpo previamente preparado para as condolências. O corpo é encontrado por um policial e pelo médico Jerry Lovell, este último ao adentrar na casa descobre que nela vive uma mulher que apresentava uma linguagem desconhecida até o momento, dentre outros fatos que despertaram o interesse dele e da psicóloga Paula Olsen. A dialética entre o médico e a psicóloga é evidente quando o caso de Nell vai a júri, o Dr. Lovell apresenta uma abordagem mais humana da paciente ao explicar o fato de que ela tem uma vida e aquela casa no bosque era o seu lar, enquanto que a psicóloga acreditava que a melhor alternativa seria que ela fosse internada e considerava que aquele lugar era prejudicial ao seu desenvolvimento. Decide-se então a necessidade de que se compreenda o caso para saber como ela vivia e de que forma agia para sobreviver, é dado o espaço de três meses para que ambos conheçam-na melhor.
O médico consegue estudar a linguagem da Nell e aprende muito a respeito de como ela pronunciava as palavras, a psicóloga instala câmeras na casa da paciente com o intuito de observar a forma como ela se comportava no dia a dia. Ambos descobrem que a fala distorcida de Nell era devido ao convívio estabelecido com a mãe que tinha paralisia facial e que certas fobias foram deliberadamente adquiridas como o medo de sair durante o dia, neste caso ela não saia de casa por causa do “eva’dur” que era a palavra para representar o homem. Nell aprende a enfrentar seus medos e tem contato com o mundo fora da floresta.
Apesar de todo aprendizado adquirido naquele momento, Nell apresentava uma espécie de infância psíquica e sua inocência era perceptível em diversas cenas do filme. Não é