resenha crítica de "um longo amanhecer"
O documentário conta a trajetória de Celso Furtado, que foi um homem que teve suas obras com importante influência na economia latino-americana, com importante papel no estruturalismo econômico e no desenvolvimentismo no Brasil. Furtado, após formar-se em Direito na UFRJ, alistou-se para a guerra junto as Forças Armadas e na Segunda Guerra Mundial lutou junto a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Depois da guerra, ele queria, ainda mais, entender o Brasil e o mundo. Em 1946 viaja para França onde decide fazer doutorado em economia. E antes de retornar ao Brasil, ele integra a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), com sede em Santiago do Chile, que com esta estuda o subdesenvolvimento latino-americano, procura suas causas e consequências. Nele analisa-se que o subdesenvolvimento é um subproduto do desenvolvimento. Chegando ao Brasil, ele é convidado para formar a diretoria do BNDS. E ele, para aceitar impõe como condição, que seja criado no banco um setor especializado em políticas públicas para o Nordeste. E Juscelino aceita e ainda transforma a proposta em prioridade do governo. E então, as políticas para o Nordeste ganham contornos desenvolvimentistas. Ele se integra também ao governo de Jango, tornando-se Ministro de Planejamento, e apresenta o plano Trienal. Na visão de Maria da Conceição Tavares, no documentário, era a primeira vez que o Brasil teria chance de superar o ciclo de subdesenvolvimento com as propostas de reforma. Porém, em 1964 essa chance é rompida com o surgimento do Neoliberalismo. Com todas suas obras, criações, ações, etc., Furtado trouxe sua teoria social e política à pratica, e com isso tudo teve grande importância.