Resenha Crítica de Um Conto de Natal

Resenha crítica do livro “A Christmas Carol”

O livro “A Christmas Carol” (título traduzido para “Um Conto de Natal”), foi escrito por Charles Dickens e publicado em 1843, na Inglaterra. Em plena era vitoriana, o país passava por uma de suas fases mais tristes e sombrias, na qual a riqueza e ostentação das classes sociais mais altas eram construídas em cima da opressão e trabalho forçado dos pobres. Nos livros de Dickens, temas como pobreza, miséria, fome, orfandade, desigualdade e sofrimento são recorrentes. Tendo sido ele mesmo órfão e carregado o peso do trabalho forçado quando ainda menino, Dickens esforçou-se para, em suas obras, revelar o lado obscuro da Inglaterra na qual vivia, povoada por gente faminta, crianças abandonadas, ladrões e prostitutas. Um lado que as classes altas preferiam ignorar a ajudar.
“A Christmas Carol” é a história de um desses homens cuja prioridade na vida é o lucro. Através de Ebenezer Scrooge, Dickens criou um fantástica narrativa que ilustra com perfeição a Inglaterra de sua época, que influencia o leitor com um encantador espírito natalino e que ensina, por meio de exemplos palpitantes de tão vivos, que a generosidade e bondade são os melhores requisitos de um homem.

A história começa com Ebenezer Scrooge, homem de negócios que possui um escritório no centro de Londres, extremamente rico e excelente em trabalhar com dinheiro. Contudo, apesar da enorme riqueza, fica claro o quanto sua obsessão por lucros e a adoração ao dinheiro o transformaram em um homem amargo e isolado das outras pessoas, egoísta, áspero e ranzinza, que dá mais valor a bens materiais do que a qualquer tipo de sentimento humano. Despreza do fundo da alma os pobres e necessitados, e mais ainda as instituições criadas para ajudar essa gente.
Logo no começo da narrativa, vemos que seu antigo sócio, Jacob Marley, havia falecido há sete anos, em uma véspera de natal. A mesma época comemorativa rodeava-o agora, mas Ebenezer, com toda sua avareza e rudez,