resenha crítica de filosofia
Cláudia Pinheiro Rooke da Silva
O papel do administrador público
Com o passar do tempo a ética tornou-se uma espécie de sinônimo de moralidade de lisura, ser ético é ser correto, ter credibilidade. É cobrado a todo instante a transparência, o cumprimento dos deveres na gestão pública.
Segundo a Constituição Federal, art.37, artigo esse que norteia a conduta do servidor público, conduta esta que deverá ser marcada pela legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. Todos esses requisitos estão fundidos no que denominamos “espírito público” em prol de resultados que visem o bem comum.
Infelizmente o que se vê, é uma realidade muito diferente, sucessivos escândalos de corrupção, revela uma profunda crise de valores, uma crise ética. Os exemplos de desonestidade aparecem em todas as esferas do poder e em todos os setores da administração. O que se percebe é que avanços como a Lei da Ficha Limpa ficou no passado e o que hoje prevalece é uma troca de favores e venda de cargos denegrindo a imagem do país.
Em meados de 2013 nossas ruas foram tomadas por milhares de pessoas que protestavam cobrando mudanças de nossos governantes, entretanto sentimos que essas reinvindicações pouco foram ouvidas e dificilmente serão resolvidas.
Tivemos anos de ditadura na qual foi levantada a bandeira da moralidade, até serem desmascarados quando não se conseguia mais abafar o autoritarismo do regime.
Agora se fala em democracia, muito se fala e pouco se faz, ela se tornou um jogo sem regras em que ganha é quem tira maior vantagem, e nesse jogo as relações são marcadas por um individualismo constante. Entretanto, para que o sistema funcione de forma eficaz é necessário despertar no cidadão uma consciência política alavancada pelo conhecimento de seus direitos e a busca ampla dessa democracia.
A administração pública está em busca de mudar paradigmas. Busca-se atualmente uma gestão comprometida com a ética e a