resenha critica - O futebol COMO QUESTÃO-
Alguns chegam ao extremo de, por ele, futebol, matar ou morrer e, ainda assim, na mais completa e absoluta irracionalidade, continuamos loucos por ele. Fenômeno sócio cultural, meio de catarse coletiva que canaliza paixões e tensões para além das explicações cartesianas. Imagino até, que, sem ele, muito possivelmente, existiriam muito mais conflitos bélicos (até mesmo internacionais). Paixão que gera grupos e facções com forte identidade e, naturalmente, o sentimento de pertencimento. Os soldados dispostos em campos de batalhas, como gladiadores modernos, usam todas as suas capacidades físicas e habilidades técnicas. Os comandantes urdem suas estratégias e o espetáculo alterna aspectos marciais e lúdico-artísticos; força e técnica; inteligência e malandragem; lances lícitos e ilícitos representando de modo emblemático o grupo/facção/exército ao qual pertenço. A intensa adjetivação em torno da questão do futebol indica questionamento acerca de um jogo, refletindo sobre o real sentido seu verdadeiro sentido e possibilidades de influência direta na vida do homem, enquanto homem, desde os tempos antigos, já era motivo de pauta e atualmente, faz-se cada vez mais presente. Vide Platão em “As Leis”:
“É a vida pacífica que todos deveriam viver
O máximo e o melhor possível.
Qual é então a senda correta? Deveríamos viver nossas vidas participando de certos jogos – sacrificando, cantando e dançando – de modo a nos capacitarmos a