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Resenha: Memórias de um Sargento de Milícias
Memórias de um Sargento de Milícias apareceu como um romance de folhetim, que foi publicado anonimamente de maneira semanal no jornal Correio Mercantil, do Rio de Janeiro, entre junho e julho dos anos de 1852 e 1853. A história saiu em livro em 1854 (primeiro volume) e 1855 (segundo volume), com autoria creditada a “Um Brasileiro”. O nome de Manuel Antônio de Almeida aparece apenas na terceira edição, já póstuma, em 1863.
Manuel Antônio de Almeida nasceu em 1831 no Rio de Janeiro, teve uma infância conturbada pelo falecimento de seu pai quando ele tinha apenas 10 anos e com dificuldades financeiras. Cursou uma faculdade de medicina (chegando a conclui-la em 1855, mas nunca exerceu a profissão), porem com problemas financeiros passou a escrever para jornais, sendo posteriormente redator do Correio Mercantil, onde publicou sua única obra em prosa (Memórias de um Sargento de Milícias). Chegou a ser professor de Liceu de Artes e Ofícios e diretor da Tipografia Nacional (aonde chegou a conhecer o jovem Machado de Assis). Morreu em 1861 tentando iniciar sua carreira política, no naufrágio do navio Hermes na costa do Rio de Janeiro.
Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra situada na baixada fluminense e se foca principalmente em mostrar as classes baixas da sociedade brasileira do século XIX. O livro inicia mostrando como um casal de imigrantes portugueses (Leonardo-Pataca e Maria Hortaliça) conhece-se (a partir de piscadelas e beliscões e outros flertes) durante a viagem para o Brasil (ainda no tempo da colônia deixado explicito com a afirmação “Era no tempo do rei” logo no inicio do livro). Os resultados de tais atos resultam no personagem principal: Leonardo. Então após descrever os acontecimentos como o nascimento de Leonardo, o seu batismo, a festa de casamento de Leonardo-Pataca e Maria Hortaliça, e como aos poucos seu casamento se arruína após