ANALISE DO LIVRO MEMORIAS DE UM SARGENTO DE MILICIAS
Manuel Antônio de Almeida, jornalista, cronista, romancista, crítico literário, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de novembro de 1831. De junho de 1852 a julho de 1853 publicou anonimamente e aos poucos os folhetins que compõe as Memórias de um Sargento de Milícias reunidas em livro em 1854(1º volume) e 1855(2º volume) com o pseudônimo de “Um Brasileiro”. Seu nome apareceu apenas na terceira edição, já póstuma, em 1863. Da mesma época data ainda que a peça Dois Amores e a composição de versos esparsos. Em 1858 foi nomeado administrador da Tipografia Nacional. Em 1959 foi nomeado segundo oficial da Secretaria da Fazenda e, em 1861 desejou candidatar-se à Assembléia Provincial do Rio de Janeiro. Dirigiu-se a Campos, para iniciar as consultas eleitorais, quando morreu no naufrágio do navio Hermes , próximo à Macaé, RJ.
Características do Estilo presentes na obra A obra Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra romântica, que, consequentemente, apresenta algumas características típicas do movimento. A obra é um romance urbano, que desenvolveu temas ligados a vida social, porém apresenta exageros sentimentais comum nas obras românticas. O autor deixa a perceber sua intenção de divertir o leitor com ironias dos problemas sociais de sua época. O livro apesar de pertencer ao Romantismo, tem características do Realismo, pois abandona a linguagem metafórica e a mulher e o amor não são tão idealizados como nas outras obras românticas. Em algumas partes o autor chega mesmo a ironizar o Romantismo como, por exemplo:
“Tratava-se de uma cigana; o Leonardo a vira a pouco tempo depois da fuga da Maria, e das cinzas ainda quentes de um amor mal pago nascera outro que também não foi a este respeito melhor aquinhoado; mas o homem era romântico, como se diz hoje, e babão, como se dizia naquele tempo.” Porém o final feliz de Luisinha e Leonardo é uma característica tipicamente romântica, como pode-se ver na transformação que