Resenha Critica de Prometheus
Em 1979, Ridley Scott despertou a atenção do Mundo com “Alien”, um filme de ficção-científica muito acima da média, que alavancou a carreira do realizador para o sucesso após este ter realizado “The Duellists” (premiado no Festival de Cannes) e alguns episódios de séries televisivas. “Alien” foi um fenómeno que gerou várias sequelas – nenhuma realizada por Scott –, mas o apelo que a série cinematográfica tem nos dias de hoje ficou bem patente em todo o entusiasmo generalizado ao redor do Mundo em torno de “Prometheus”. Mais de trinta anos depois da estreia de “Alien”, Ridley Scott regressa, assim, ao universo do filme charneira da sua carreira, acompanhado pelos argumentistas Damon Lindelof (“Lost”) e Jon Spaihts e por um conjunto de actores talentosos que impressionam pela positiva. O título “Prometheus” remete para a nave espacial através da qual vários dos protagonistas viajam até um planeta distante, onde poderá estar localizada uma raça de extraterrestres que pode constituir a chave para a descoberta da origem da humanidade. O termo remete, também, para o mito de Prometeu, um titã defensor da humanidade, conhecido pela sua inteligência, responsável por roubar o fogo de Zeus e dá-lo aos mortais. Entre as muitas interpretações dadas a este episódio lendário, a que melhor se adapta ao filme de Ridley Scott é a de autores como Pierre Brunel, que coloca o personagem como um representante da vontade humana em adquirir conhecimento.
Em “Prometheus” de Ridley Scott, não temos um personagem da mitologia grega como protagonista, mas sim um grupo de humanos (e não só), que partem em busca de um planeta desconhecido que poderá conter a chave da origem do homem, acabando por deparar-se, ao invés, com um perigo de proporções inimagináveis. Tudo começa no final do século XXI, quando o casal de arqueólogos formado por Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) descobre que um pictograma aparentemente comum se