resenha critica cidadão kane

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE BIBLLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO - 15/1
CARINA GOETTEMS E ISADORA SAUER
Em “Cidadão Kane”, Orson Welles é Charles Foster Kane, um formador de opinião que aos 25 anos recebeu a milionária herança de seus pais e pôde então assumir o “The New York Inquirer”, abrindo diversas filiais nos Estados Unidos ao longo de um ano. A opinião de Kane, transmitida nas reportagens e notícias do jornal, fazia com que sua influência no cenário da sociedade dos anos 40 fosse muito grande. Seus comentários e ideias transpostos como notícias eram tidos como lei, ganhando força através da espiral do silêncio, tudo que era dito por ele não era contestado por ninguém de grande influência social, dando cada vez mais espaço para os seus pensamentos. A força de Kane influenciava tanto a sociedade que mesmo algo que não estivesse nos holofotes (e nem tivesse chance de chegar) se tornava importante e relevante a partir do momento que o Inquirer publicasse alguma nota sobre. De acordo com a Pesquisa
Norte-Americana, esse fenômeno é denominado “agenda setting”, que é quando a mídia determina o que terá relevância e qual será a opinião pública sobre o assunto. Podemos ver um bom exemplo disso no longa em questão, quando Kane insiste na carreira musical de sua mulher Susan, que mesmo considerada sem talento, seguia esgotando apresentações, já que seus espetáculos eram sempre muito bem retratados nas matérias publicadas no Inquirer. Tal insistência de Kane para que Susan tornasse-se uma cantora de sucesso vinha do escândalo que lhe custou uma eleição. Ele perdeu a eleição ao ter seu caso divulgado em uma manchete de jornal logo antes da votação, o que pode ser relacionado à teoria da agulha hipodérmica, a qual fala que uma mensagem passada pela mídia tende a ser imediatamente absorvida e aceita pelo público.
Sobre o modelo da Curva em S, que fala sobre quanto tempo leva para que certo montante de pessoas conheça uma