Resenha critica bagno, marcos. preconceito linguístico (o que é, como se faz). cap. iv o preconceito contra a linguística e os linguistas. ed. loyola (33ª. edição), são paulo, brasil, 1999.

670 palavras 3 páginas
Resenha Critica

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico (o que é, como se faz). Cap. IV O preconceito contra a linguística e os linguistas. Ed. Loyola (33ª. Edição), São Paulo, Brasil, 1999.

O livro Preconceito linguístico: o que é como se faz é um livro que aborda o uso da língua na sociedade atual. Marcos Bagno discute o uso e ensino da língua e da gramática normativa, as causas do preconceito, fato que têm gerado muita discussão entre os profissionais que trabalham com o estudo da língua materna.
Ao finalizar seu livro com um terceiro e quarto capítulo, cujo título é respectivamente: "A desconstrução do preconceito linguístico" e “ O preconceito contra a linguística e os linguistas”, Bagno reconhece a existência de uma crise no ensino da língua portuguesa, sugere alternativas para mudanças, inclusive questionando a noção de "erro".Segundo o autor, deveríamos nos impor como falantes competentes de nossa língua materna, e, enquanto professores de língua, não poderíamos alimentar a manutenção de dogmas. O autor mostra sua preocupação com a língua e o futuro do país no sentido da educação. O português ensinado nas escolas é uma ideia imprecisa e incoerente, falsas afirmações da língua que são repassadas até hoje, sem fundamentos concretos. O ensino tradicional impede uma evolução da língua, mantendo a gramática tradicional estabelecida há mais de 2.300 anos. Com isso, o autor afirma que a língua tornou-se valor absoluto da sociedade, um elemento de dominação e impenetrável, mantendo antigas ideias e estruturas do passado. A linguística é uma ciência que traz novidades, descobertas, e isso derruba muitos paradigmas e estruturas de poder, trazendo revoltas reacionárias e sem fundamentação nenhuma. O problema não está na língua e sim nas escolas, no sucateamento do ensino público; e de acordo com Bagno, dizer que existe uma “crise” é uma forma de camuflar os avanços científicos da linguística e também proclamar o preconceito, julgando e condenando o

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