RESENHA CR TICA
HEILBORN, Maria; ARAÚJO, Leila; BARRETO, Andreia. Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça: módulo 1. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010. Pág. 52 á 71.
O modulo intitulado “Ciclo das políticas públicas” o autor começa fazendo uma relação das noções de orgulho que o brasileiro diz ter por pertencer a uma nação miscigenada, mas ao mesmo tempo se mantem como um país cheio de preconceitos e discriminações com o diferente ou o que não se enquadro nos padrões arcaico, branco e machista. Ao final ele faz uma breve discursão sobre a elaboração e a implementação de Políticas Públicas que possam efetivamente estabelecer a igualdade de direitos.
Esse processo abre a discursão sobre a ideia de igualdade e o que já foi estabelecido até os dias atuais. O autor começa relembrando a primeira vez em que a Organização das nações unidas (ONU) aprova a declaração universal dos direitos humanos (DUDH) logo após a II guerra mundial e mostra falhas que ouve na elaboração do texto, que se utiliza de uma fala patriarcal deixando as mulheres excluídas uma verdadeira incoerência que foi alterada posteriormente, na Conferência Mundial dos direitos Humanos ocorridas em Viena colocando a igualdade como princípio democrático e enfatizando a universalidade dos direitos humanos.
Nessa parte ocorre a definição de igualdade e democracia racial que trata do fato de que no Brasil não existe racismo e discriminação racial, mas uma integração entre as raças ideia que foi derrubada por pesquisas coordenadas pela UNESCO em meados da década de 50 onde ficou explícito a dura divisão de classes com base na cor da pele e a exclusão social aos que eram descendentes dos escravos que desde a abolição foram impedidos de ter terras, bens e educação para que se mantivesse como mão de obra barata e sem maiores influências no mundo branco. Nesse contexto pós-abolição, a mulher negra assume o papel de chefe de família mesmo não reconhecida como tal.