Resenha Cr Tica Preconceito Lingu Stico Mfeitosa
1187 palavras
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BAGNO, MARCOS. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. 49ª edição. Ed. Loyola.Marcos Bagno é tradutor, escritor, linguista e Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Também é Professor de Linguística do Instituto de Letras da Universidade de Brasília, que vem se dedicando à investigação das implicações socioculturais do conceito de norma, sobretudo no que diz respeito ao ensino de português nas escolas brasileiras.
A sua obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz" aborda a questão do preconceito linguístico existente na sociedade brasileira. Em que pese à sociedade lute bravamente contra as diversas formas de preconceito, o autor esclarece que isso não se aplica ao preconceito linguístico, que, em sua visão, é alimentado diariamente pela mídia brasileira (que tenta determinar o “certo” e o “errado”), bem como pelos próprios instrumentos de ensino da língua (gramática normativa e livros didáticos).
Nesse sentido, Bagno se propõe a analisar oito afirmações, que fazem parte da imagem “negativa” que o brasileiro tem de si mesmo (e da língua falada), demonstrando que não passam de “mitos” que estimulam ainda mais o preconceito linguístico no Brasil.
A linguagem utilizada por Bagno durante todo o texto é de fácil entendimento, e o fato do autor estar sempre defendendo a língua praticada pela “maioria”, acredito que contribua para o texto ser facilmente aceitado pelo público.
Destarte, a obra do autor, estrutura-se em oito capítulos, aonde estes “mitos” vão sendo desmistificados, de uma forma concisa, bem humorada e em alguns momentos de forma sarcástica, mas sempre defendendo vigorosamente seu ponto de vista, perante opiniões de colegas do ramo.
O primeiro mito, “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”, é considerado pelo escritor um dos maiores mitos que compõe a mitologia do preconceito linguístico. Bagno elucida que existe um “alto grau de diversidade e de variabilidade” na