Resenha Copografia Urbana arq

Sobre Corpografias Urbanas
A memória que o corpo guarda sobre o local onde vive, a cidade, de acordo com a sua experiência urbana, ou seja, seu caminhar, os lugares onde ele passa. E as marcas que tanto o corpo deixa no ambiente, como as que o ambiente deixa, inconscientemente, inscrita no corpo. E para ver tais efeitos cria-se no texto de Paola Jacques a pratica da Errância.
A errância urbana ira criar a corpografia, memória desenvolvida pelo corpo pelo registro da sua experiência na cidade. A corpografia acaba configurando o corpo, e a própria cidade. Citando diversas vezes os pensamentos do geógrafo brasileiro, Milton Santos, mostra-se a importância dessa vivencia de cada corpo no espaço e como as características do corpo e da cidade se interagem dando resultados diferentes. Como; os espaços públicos contemporâneos, menos vivenciados, devido a intervenção da globalização, tornam-se espaços “cenários” ao invés de ganharem um “outro corpo” usufruindo da relação urbanismo e corpo.
Dessas formas de interação entre, corpo, cidade, urbano e características de cada um, surgem os termos de Cartografia, Coreografia e Corpografia. Cartografia como uma descrição de um mapa da cidade. Coreografia como um “projeto de movimentação corporal” no projeto urbano, uma composição/roteiro, onde o corpo se apropria do espaço urbano, quando, como os bailarinos, programação uma movimentação sobre um espaço (interativo). Cada corpo/bailarino guarda diferentes corpografias, ou diferentes intenções e movimentações sobre um mesmo espaço urbano, que influi na forma em que essa corpografia vai ficar inscrita nele. Por isso se estudarmos, os movimentos e gestos de corpos, podemos identificar coreografias, experiências urbanas. E compreendendo estas podemos repensar e estudar o espaço, propondo novas intervenções as cidades. Estimulamos assim a novas errâncias e corpografias. “Os urbanistas indicam usos possíveis para o espaço projetado, mas são aqueles que o experimentam no cotidiano