RESENHA Contratualidade e Reabilitação Psicossocial
Ao pensar em um tratamento adequado para o doente mental, encontro grande desafios, já está evidente que internações manicomiais não melhoram o quadro dos pacientes. O texto: Contratualidade e Reabilitação Psicossocial, deixa mais claro os motivos pelos quais o tratamento do doente mental é complicado, e qual o melhor caminho a seguir para obter melhores resultados. O principal obstáculo está relacionado a valores e estigmas que foram construídos durante a história, que invalida qualquer pensamento, ideias e manifestações do doente mental, considerando qualquer atitude do paciente, apenas sintoma da doença. Como o exemplo de um paciente com paranoia, citado no texto, onde a própria equipe de saúde desacreditava da capacidade de poder de decisão e autonomia que ele poderia desenvolver, apesar de assegurar direitos ao doente, a equipe ainda o considerava apenas mais um louco, resultando na continuidade do estado de saúde, sem melhoras e evolução. A presença do paciente em espaços sociais era apenas tolerada, o que não modificava em nada o seu quadro, devido ao assistencialismo. Para buscar melhoria para o paciente, é necessário, de fato, uma reinserção social, promovendo a sua reabilitação, que é entendido como um processo de restituição do poder contratual do usuário, com vistas a ampliar a sua autonomia. A autonomia, é a capacidade de um individuo gerar normas, ordens para sua vida, conforme diversas situações que enfrente. Diferente de independência e autossuficiência, pois dependentes todos somos, o que nos diferencia é a dependência excessiva por algumas coisas, essa dependência restritiva que diminui a autonomia. Somos mais autônomos quanto dependemos de tantas mais coisas pudermos ser, pois isso amplia as nossas possibilidades de estabelecer novas normas, novos ordenamentos para vida. No caso do paciente citado no texto, decidiu-se fazer uma revisão do caso e buscar entender o contexto, pesquisando a