Resenha contra a transposição do rio são francisco
RESENHA: Os Impactos Sócio-ambientais da Transposição do Rio São Francisco
AUTOR: Arlete Moysés Rodrigues
Em um artigo dividido em três tópicos, publicado no site do Instituto Terrazul, que tem como objetivo “contribuir para a construção de uma consciência crítica e ambiental junto aos movimentos organizados na busca por uma sociedade sustentável” ¹, a professora Arlete expôs sua opinião de que a obra para a Transposição do Rio São Francisco vem sido planejada e realizada de uma maneira incompleta, desconsiderando importantes aspectos sociais e ambientais. As relações dos seres humanos com a natureza estão se transformando a cada dia, principalmente devido aos inúmeros progressos tecnológicos pelos quais a sociedade vem passando. A natureza agora é vista como uma fonte de recursos para os homens, e é tratada como uma mercadoria. Nas inúmeras tentativas de planejar o espaço urbano e rural, e manipulá-los com o uso de tecnologias, os homens deixam de analisar a complexidade dos impactos causados por elas, e os atribuem à falhas técnicas ou humanas. No caso da Transposição do Rio São Francisco não é diferente. Os defensores da obra analisam os impactos causados por ela de uma maneira isolada. Para alterar uma bacia hidrográfica é preciso analisá-la de uma maneira geral, considerando suas características de relevo, clima, sua relevância econômica e, principalmente, como é realizada a sua ocupação sócio-espacial. É preciso compreender que a água não é um “recurso” isolado, não se pode analisar as mudanças do curso de rios apenas como uma questão de abastecimento, existe uma enorme complexidade que envolve o território pelo qual o rio passa. As pessoas que vivem às suas margens têm uma relação cultural, econômica e muitas vezes afetiva com o rio. Além dos aspectos apontados, o caso da Transposição do Rio São Francisco tem outros fatores muito importantes que devem ser