Resenha: confirmação na terapia
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"Eu o aceito como você é"...não significa que "não quero que mude", mas sim... "descubro em você exatamente por meio de meu amor acolhedor... o que você está destinado a tornar-se" (Buber, 1966") Friedman(1985) tem por objetivo em seu texto Confirmação na terapia abordar os conceitos de aceitação e confirmação. Ele inicia sua tese afirmando que a “a confirmação está no cerne da cura pelo encontro” (pp 01) e que o encontro é aquela terapia que ajuda “a regeneração de um centro pessoal atrofiado”. Torna-se importante que o cliente seja bem sucedido no seu esforço terapêutico dirigido ao terapeuta e, assim, poderá livrar-se da culpa e torna-se seguro de seu valor e um indivíduo humano integral. O foco do terapeuta, segundo o autor, não é ao encalço das raizes da “patologia” que a desconfirmação causou no sujeito, pois o fator central de cura “é a força da fé do curador no potencial do sofredor de transcender as condições limitantes de sua existência”(pp 05). Ou seja, é o cliente acreditar, confiar e ter esperanças em sua cura organísmica que está em movimento. Para Jourard apud Friedman “a confirmação é um ato de amor pelo qual reconhecemos o outro como alguém que existe em sua forma peculiar e tem o o direito te faze-lo. A confirmação é uma atitude em relação à validação da existência do outro enquanto outro em sua potencialidade específica; é afirmar a alteridade do outro. No encontro – onde a confirmação ocorre- o cliente precisa abandonar-se nas mãos do terapeuta e este precisa ter abertura e disposição para receber o que o cliente tem a lhe confiar. Enquanto esta confiança não estiver presente não haverá a entrega aquilo que é reprimido e assim não poderá haver cura. Está confiança é o fator decisivo no encontro verdadeiro e permite que ocorra a mudança. Rogers apud Friedman sustenta que “a verdadeira aceitação significa aceitação das potencialidades da pessoa assim como do que ela é neste momento”. Se não reconhecermos as potencialidades do outro