Resenha Caso Nardoni
Isabela foi encontrada ferida após ter sido defenestrada de uma altura de seis andares. No apartamento, que pertencia a seu pai, moravam, além dele, a madrasta da menina e dois filhos do casal, um de onze meses e outro de três anos. A menina chegou a ser socorrida pelos bombeiros, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.
O pai de Isabela teria afirmado em depoimento que o prédio onde mora fora assaltado e a menina teria sido jogada por um dos bandidos. Segundo divulgado pela imprensa, ele teria dito que deixou sua mulher e os dois filhos do casal no carro e subiu para colocar Isabella, que já dormia, na cama. O pai da vítima teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças e, ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos, de acordo com o depoimento do pai.
Dias após, a investigação constatou que a tela de proteção da janela do apartamento foi cortada para que a menina fosse jogada e que havia marcas de sangue no quarto da criança, o que reforçou as suspeitas de homicídio. O delegado afirma que há três pontos que, em sua opinião, estão mais nebulosos: a ausência de arrombamento na casa, o fato de que não faltava nada entre os pertences do casal e nenhum indício de que alguém estranho tenha estado no prédio são intrigantes. Ele admitiu também a possibilidade de a madrasta da menina não ter ficado esperando no carro, como o relatado pelo pai em depoimento à polícia.
Com os relatos do delegado e da perícia fica perceptível que o casal teve culpa na morte da menina. Pode-se observar que os relatos do pai não condizem com o que os laudos apontam. Isabela foi espancada e asfixiada antes de ser brutalmente arremessada do prédio que considerava seu segundo lar. A vida de uma criança de 5 anos foi ceifada por um motivo torpe, os ciúmes que a própria madrasta admitiu ter da