Cachaorros

1512 palavras 7 páginas
Papel Eletrônico
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Pular para o conteúdoInícioContosPoemasFotosSobre ← MTV na Rua: outras 24 páginas gratuitasPadre missionário faz samba, arte e ainda evangeliza →Mario Vargas Llosa – A cidade e os cachorros
Posted on 08/06/2010 | 1 comentário

Não é a foto do livro errado: "A cidade e os cachorros" já foi editado aqui entre nós com o título "Batismo de Fogo". Qual você prefere?
“La ciudad y los perros” é o título original desse que é o primeiro romance de Vargas Llosa. Com a tradução direta para “A cidade e os cachorros” essa obra recebeu a edição mais recente no Brasil, aos cuidados da Alfaguara. Li a versão um pouco mais antiga, da Record/Altaya, parte da série Mestres da Literatura Contemporânea, cujo título é Batismo de Fogo. Mas, afinal, o título pode influenciar uma leitura?

Ao menos neste caso, sim. Minha disposição em relação à obra foi embalada por uma certa expectativa da passagem, do ingresso em algo novo. Afinal, do batismo resulta algum senso de pertencimento. E assim, talvez inconscientemente, tenha lido todo o livro: em busca dessa luz no fim do túnel, desse entrada em um mundo novo.

Sim, é verdade que esse rito é o fio condutor desse que é o primeiro romance do escritor peruano. Escrito em 1962, trata da vida de adolescentes internos em um colégio militar. O batismo está nos violentos trotes que marcam a entrada na escola e, sobretudo, nos dramas que fazem esses internos se transformarem em homens após três anos de estudo. O batismo não seria apenas o ritual de admissão, mas todo o colégio interno seria uma espécie de batismo de fogo para a vida adulta.

Simplificadora a análise. É preciso ir além. Por isso mesmo, talvez se eu tivesse lido o romance guiado pelo título original eu valorizasse ainda mais, desde o começo, as oposições feitas pelo autor ao longo das 373 páginas. Os alunos novatos, chamados de cachorros, e a cidade são realmente os protagonistas. Os dilemas da sociedade

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