Resenha Capacidades Dinâmicas
Autoria: Álvaro Antônio Bueno de Camargo, Dimária Silva e Meirelles As capacidades dinâmicas das organizações são de grande interesse para pesquisadores nas áreas de gerenciamento estratégico, mudanças organizacionais e vantagem competitiva sustentável. Apesar de muitos estudos já desenvolvidos sobre o tema, a definição de capacidade dinâmica ainda é controverso. Vários conceitos são propostos por diferentes autores, alguns semelhantes e outros não. A importância desse conceito reside no fato de que ele trata da capacidade adaptativa da firma frente ao dinamismo do ambiente, ou seja, como as organizações podem alcançar e sustentar vantagens competitivas em um ambiente em mutação. Para alguns autores, como Nelson e Winter, a existência de capacidades dinâmicas está relacionada com processos estratégicos e organizacionais, ou, como Collis complementa, com a habilidade da firma em desenvolver novas estratégias mais rápido do que os concorrentes por meio do reconhecimento de diferentes recursos de valor. Outros como Teece, Pisano, Schuen, Wang e Ahmed, associam a capacidade dinâmica ao dinamismo do ambiente, ou seja, a ambientes de mutações rápidas e constantes. Há ainda outros autores como Zollo e Winter que focam no desenvolvimento das capacidades, enfatizam o aspecto deliberativo das capacidades, ou seja, no uso de mecanismos automáticos de mudanças de capacidades. Segundo eles, existem empresas que integram, constroem e reconfiguram suas competências mesmo em ambientes pouco dinâmicos e com baixas taxas de mudança. Nesse sentido, o importante, na fundamentação de capacidades dinâmicas, é a existência de mecanismos rotineiros que permitem a reconfiguração das capacidades das empresas. Nota-se ainda que para alguns autores como Eisenhardt, Martin, Wang, Ahmed, Andreeva e Chaika, as capacidades dinâmicas são resultado de uma combinação de capacidades, ou seja, o constructo de