Resenha Cap. 02 de Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Pedagogo/UECE
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17 ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1987. Resenha do Cap. 02 – “A Concepção “Bancária” da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos e suas críticas”. Livro Pedagogia do Oprimido. “Nenhuma “ordem” opressora suportaria que os oprimidos todos passassem a dizer: “Por quê”?” P. 43 Neste capítulo Paulo Freire expõe os pressupostos da Educação “Bancária” e as implicações para a sociedade resultantes da adoção deste modelo. Apresentando seus pressupostos, o autor afirma que na Educação “Bancária” a narração é um meio muito forte e presente, pois o educador narra e os educandos ouvem atentamente para poderem captar os “conteúdos da narração”, uma vez que a “memorização e a repetição” são elementos que testificam que realmente o conteúdo foi captado, assimilado com sucesso pelo educando. Neste modelo a palavra e designada com “palavra oca”, apenas com “sonoridade” e sem o seu poder transformador, pois o objetivo é encher os educandos com o conteúdo da narração, por meio de uma doação de saber, onde o educador sabe e o educando não, sendo a educação um “ato de depositar”. Adota-se a “Cultura do Silêncio” como forma de manter e estimular a contradição e estimular a disseminação e continuidade da ideologia da sociedade opressora. A palavra é dita, pronunciada sem a devida reflexão sobre o seu significado e consequência. Desta forma, os educandos não são chamados a conhecer, mas a memorizar os conteúdos, e não são incentivados a pensar sobre si mesmo, perdendo a capacidade de perceber-se como indivíduo. São, preconceituosamente, chamados de seres marginalizados, que estão à margem de algo, que devem ser integrados, incorporados. Em oposição a este modelo, Freire advoga e apresenta o modelo de educação problematizadora, que reconhece o homem como ser inacabado e que precisa ser despertado, por meio da palavra com sentido, da sua inconclusão e que mediatizado pelo