RESENHA BIBLIOGR FICA N 1
O corporativismo tem passado por inúmeros obstáculos pautados na falta de transparência, na ausência de participação efetiva dos acionistas nos conselhos das empresas e na construção de acordos de acionistas inadequados às partes, dentre outros fatores. A prática de boa governança nas instituições aparece como um mecanismo capaz de proporcionar maior transparência a todos os agentes envolvidos com a empresa, minimizar a assimetria de informação existente entre administradores e proprietários e fazer com que os acionistas que não pertencem ao bloco de controle possam reduzir suas perdas.
Com o crescimento das empresas e a expansão dos negócios, surge a necessidade de crédito e de uma estrutura de capital que permita o aumento da escala produtiva. Diante desse novo cenário, as empresas começam um processo de abertura do capital, o número de proprietários aumenta e a necessidade de uma administração profissional fica evidente. O mercado de capitais, cada vez mais ativo e competitivo e o alto grau de alavancagem vivido pelas empresas, acentuaram a importância da transparência nas práticas empresariais. A governança corporativa surgiu como um importante mecanismo desse processo, uma vez que a acuidade e a transparência das informações, associadas a uma política de gestão voltada para minimizar a assimetria de informação entre gestores e acionistas, são o cerne de seu desenvolvimento.
Assegurar que os acionistas tenham amplo acesso às informações permite reduzir a assimetria de informação presente nos mercados, diminui, consequentemente, o custo de captação das empresas e garante que os acionistas sejam tratados de maneira equânime e possam tomar suas decisões de investimento de forma adequada à maximização de seus resultados.
Em 1997, com o mercado de capitais movimentando na Bovespa cerca de US$ 198 milhões por dia, a Lei das S.A., segundo Ribeiro Neto e Famá (2001), apresenta alguns de seus dispositivos modificados. A partir de 2001, novas