RESENHA: BENEFICIÁRIOS OU REFÉNS? O PATRIMONIALISMO NA PERSPECTIVA DOS CIDADÃOS DE POÇO FUNDO, MINAS GERAIS.
O presente artigo estudado, “Beneficiários ou reféns? O patrimonialismo na perspectiva dos cidadãos de Poço Fundo, Minas Gerais” procurou passar informações sobre os conceitos de patrimonialismo, clientelismo e personalismo em uma pequena cidade no sul de Minas Gerais, Poço Fundo. É evidenciado no decorrer do texto, a forte cultura que existe em Poço Fundo, a população não somente é acostumada com o modo de governo, mas também foram “sequestradas e detidas” de um modo implícito, para ceder as exigências do governo que os sequestraram.
O patrimonialismo sem dúvidas é o mais forte no controle político em Poço Fundo, é uma forma de exercício da dominação por uma autoridade. Segundo Weber (1999), o patrimonialismo seria o trato de coisas públicas como se fosse particular de quem está no comando, seria a forma de exercício legítimo de poder político, um tipo de dominação tradicional e normal à vista de todos. Para Oliveira (2011) a dominação que é exercida pelos conhecidos políticos, “jacaré” e “piranhas” são tão forte que quando um dos dois está no poder, a oposição eleitoral do presente governo sofrem com os privilégios que só é dado para aqueles que são a favor. “A metáfora da dominação estimula-nos a reconhecer e lidar com a exploração percebida e real no local de trabalho e não descartá-la como uma distorção radical da realidade.” (MORGAN, 1996, p.339) Desse modo, o patrimonialismo é claramente notado na cidade de Poço fundo, cuja dominação tem características importantes que “dormem” nas mãos de quem está no poder, e cria uma dominação individual de quem está no comando, no caso o governante, portanto, fica claro uma dominação de forma tradicional, que de tão implícito vira um costume permanecido durante longo tempo. De acordo com Oliveira (2011), o termo “clientelismo” existiu em sociedades rurais, onde é reconhecido o contato pessoal entre