Resenha "as aventuras de Karl Marx e o barão de Munchausen"
Michael Lowy, autor do livro, sobre o assunto e que após leitura feita, muito me agradou.
O autor inicia seu raciocínio crítico com o positivismo. Ele consegue mostrar como é contraditório a mudança ocorrida no intuito inicial do positivismo, sendo este, no início, utilizado para a crítica e posteriormente, permanecendo até os dias de hoje, com o intuito de conservar a ordem estabelecida, favorecendo, no entanto, um grupo especifico - leia-se: muitas das vezes a burguesia.
Com vasto conhecimento, o autor permeia seus pensamentos trazendo os precursores do positivismo:
Condorcet e Saint-Simon, chamando-os de utópicos, ao meu ver, com razão. Aquele vai generalizar a visão positivista ao tentar explicar que os fenômenos sociais estão sempre submetidos a leis, consideradas por ele, gerais. E por isso, surgirá uma ciência imparcial, neutra, imune aos interesses externos, assim como ocorre com ciências naturais, tais como a Matemática e a Física. É importante salientar que o positivismo nesse momento tem como escopo a crítica ao Absolutismo e a tradição do
Clero no Antigo Regime. Posteriormente, com Saint-Simon, a ciência social positivista vai assumir, novamente, o intuito inicial de sua criação, a de criticar e contestar a ordem estabelecida no presente momento. O que é válido observar é que Saint Simon, por seu caráter revolucionário e crítico, aproxima-se mais da suposta classe de menor poder aquisitivo e que se encontra em maior quantidade, entrando em uma contradição, pois nesse momento, é deixado de lado a visão imparcial da ciência, utilizando-se de critérios morais.
O pensamento positivista continua sendo ilustrado, passando por Augusto Comte, considerado