Resenha 7 Dia 26
Estado Economia e Relações Internacionais
Professor: Bernardo Palhares Campolina Diniz
RESENHA- BRAUDEL, Fernand (1996 [1979]). Civilização material, economia e capitalismo – séculos XV-XVIII, Volume 2 – Os jogos das trocas, São Paulo: Martins Fontes. (capítulo 2).
Braudel inicia o texto a partir do conceito de mercado usualmente utilizado e o conceito do qual deveria ser, segundo ele não é fácil situar a palavra mercado no seu verdadeiro lugar, pois a palavra é equivoca e tem um sentido muito amplo do qual pode ser designado como qualquer tipo de troca, ou atividades mercantis. Entretanto, a palavra pode ser chamada de economia de mercado ou sistema.
O autor considera problemático o conceito de mercado já que para ele ser válido deve estar inserido num conjunto de vida econômica ou de vida social que se transforma constantemente e deixa de ter o mesmo significado inicial. O autor recorre a outros autores tais como, Adam Smith que caracteriza o mercado como sendo regulador da divisão de trabalho, onde é organizado pela mão invisível. É como que todos os mercados fossem auto reguladores e comandados pelos preços, o autor ressalta que mesmo que nada fosse livre no Estado, os preços ainda seriam e que o mercado que não é comandado por ninguém é o motor de toda a economia. Todas as economias segundo o texto foram desenvolvidas a partir de trocas orientando e especializando a economia mesmo em todas as vastas regiões solidárias. Braudel ressalta que as trocas têm, em si mesmas, um papel decisivo, nesta perspectiva, a história seria a própria história da expansão do mercado auto-regulador, que de forma crescente integra à sua ordem racional um número cada vez maior de áreas e sociedades,a oferta e a demanda, que o mercado é um organizador escondido a luz da mão invisível de Smith.
Nesta passagem, fica evidente a visão do autor de que as trocas e seu processo de intensificação são como uma evolução natural das