Repúlica Velha

Capítulo XVI
República Velha

A ideia de República não era o objetivo ideológico da maioria da população do Brasil, aliás, a proclamação pegou muita gente de surpresa e outros tantos foram varridos como adeptos de última hora por não verem saída. Uma parte da elite considerava que o governo monárquico não mais atendia aos seus interesses. Os latifundiários desejavam apoio do governo, sendo que o monárquico, não poderia ajudar, pois estava emprenhado em manter os “Barões de Café”.
Outros latifundiários anteriormente morreriam para defender a Monarquia, mas mostravam-se decepcionados porque houve a abolição sem o ressarcimento, sendo para eles um golpe de morte e falência, uma traição do governo. Havia um consenso geral de que não haveria um terceiro reinado. Mas o Movimento Republicano estava longe de ser popular, a maioria da população apoiava o Regime Monárquico que havia acabado com a escravidão.
A proclamação da República foi apenas uma proclamação. A República nasceu de um golpe militar. O Exército descontente com os sucessivos ministérios, tendo tomado consciência de seu poder como único corpo nacional, derrubou o governo com a classe dominante aplaudindo o feito, pois se isto não ocorresse desta forma poder-se-ia ter à participação popular como rebelião.
O Governo Provisório, montado na noite de 15 de novembro decretou o regime republicano federalista assegurando a continuidade da administração pública, tanto civil quanto militar, bem como da justiça, respeitando os direitos individuais e os acordos e compromissos firmados pelo regime anterior.
No mesmo dia foi baixado um decreto que mudava o nome do país para Estados Unidos do Brasil e que instalava o sistema federativo, autorizava os estados a elegerem seus constituintes. Entretanto, caberia ao Governo Provisório indicar os governadores. O mesmo decreto afirmava que teria a tarefa de legislar enquanto não se reunisse uma Assembleia Constituinte e também caberia o comando das forças armadas para a