República da Ruanda
Ruanda é uma república presidencialista, na qual o presidente é chefe de estado e de governo e que, portanto exerce uma forte influencia sobre a nação e possui amplos poderes políticos. É responsável pela nomeação de parlamentares e efetua todas ações de alta relevância geopolítica, como ordens de guerra, negociações de tratados e comando das forças-armadas.
Paul Kagame é o atual presidente do país, foi eleito por sufrágio universal. O processo eleitoral em Ruanda ocorre de 7 em 7 anos.
A atual estruturação política do país se deu devido fatos do passado que acarretaram em uma revolução de sua política interna. Em 1989, Ruanda passou por um período de crise econômica. o preço do café, seu principal produto exportado, sofreu uma queda brusca e o país enfrentou períodos de fome em meio a uma tentativa de desenvolvimento que foi interrompida. O país há muitos anos sofre uma segregação étnica que nesta época gerou conflitos. A etnia tutsi, que era minoria, estava exilada do país a mando do governo hutu, e foi neste período de instabilidade econômica que os tutsis conseguiram, pela fronteira com Uganda, voltar ao país. Em 1993, então, é firmado o acordo de paz entre as etnias (Acordo de Arusha), que permitiu um envolvimento político dos até então exilados.
Contudo, o acordo não duraria muito, líderes hutus com a ajuda de telecomunicações como rádio e televisão, organizaram um ataque à etnia rival, que, por sua vez, sofreu uma acusação de plano de genocídio contra os hutus. Tal fato acarretou uma revolta do povo hutu que posteriormente gerou um grande massacre planejado e financiado contra os tutsis, este ficou conhecido como “o genocídio de Ruanda”.
Durante o genocídio de Ruanda cerca de 500.000 pessoas morreram e quase todas as mulheres foram estupradas, acontecimento que ganhou enfoque internacional e reverberou por todo mundo como uma tragédia que poderia ser impedida por forças da ONU e de