Republica militar
1969
O medo de que o civil Pedro Aleixo assumisse compeliu as Forças Armadas a assumir o controle. A desconfiança em relação aos civis era notória, particularmente por ter o Vice-presidente Aleixo se posicionado em desacordo com o AI-5. Não que ele fosse um democrata, mas a radicalidade do Ato era demasiada.
A junta militar foi integrada pelas três Armas: a chefia competia ao Gal. Lira Tavares, mas junto ao Almirante Augusto Rademarck e ao Brigadeiro Márcio de Sousa Melo. Governou por dois meses: de 31 de agosto de 1969 até 30 de outubro do mesmo ano.
O curto período de governo da Junta não impediu que outorgassem, pela 3a. vez na História brasileira, uma Constituição. Para disfarçar, todavia, denominaram as normas de Emenda No. 1 de 1969. Ademais impuseram uma nova Lei de Segurança Nacional. Decretou-se também a reabertura do Congresso, após dez messe em recesso. Em 25 de outubro de 1967, os parlamentares elegeram Emílio Garrastazu Médici para a presidência.
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A República Militarizada
***Golpe Militar de 1964
A política de reformas de base defendida pelo Presidente João Goulart provocou uma enorme agitação entre as classes trabalhadoras e os movimentos de camponeses sem-terra. A perspectiva de uma reforma agrária assustou os latifundiários e os proprietários de uma forma geral. O nacionalismo atiçado pelos feitos da Revolução Cubana voltou a aflorar ensejando a defesa de uma política de encampação e estatização de empresas estrangeiras. A irritação militar culminou depois dos sargentos em Brasília e dos marinheiros no Rio de Janeiro, ambos movimentos anistiados pelo Presidente. Depois do comício a favor das reformas, feito no rio de Janeiro, em março de 1964, os dias do governo estavam contados. O levante militar se deu no dia 31 de março para 1º de abril. Não houve resistência. O Presidente João Goulart partiu para o exílio no Uruguai onde veio