Representações Sociais Sobre Gerenciamento Feminino
Na década de 1970 teve início uma visível expansão da participação feminina no mercado de trabalho, em particular entre mulheres de classe média, casadas e mães de família, o que lhes conferiu o status de trabalhadoras assalariadas e uma nova identidade nos espaços públicos (Oliveira,2003).
Conclusão
Gershenberg (2004) comenta que é difícil para as mulheres alcançarem o reconhecimento de suas equipes, mesmo apresentando níveis educacionais mais elevados e melhor qualificação profissional que os homens para o mesmo trabalho. Precisam trabalhar com muito mais afinco e apresentar resultados superiores aos de seus colegas homens para garantirem sua posição na organização. Apesar das dificuldades, Wirth (2001) entende que, na atualidade, as mulheres estão caminhando a passos argos para quebrar o chamado “teto de vidro” – as barreiras artificiais invisíveis criadas por preconceitos atitudinais e organizacionais que impedem as mulheres de ascenderem aos cargos de topo de carreira, ou de ampliarem sua atuação profissional. Neste estudo, realizado com equipes de mulheres que estão ocupando os postos mais altos na hierarquia do Serviço Público Federal, foram encontrados resultados que indicam estar havendo aceitação deste gerenciamento pelas equipes. Observou-se, ainda, que as representações das equipes sobre o desempenho das mulheres apontam para uma forma feminina de gerenciar, que é confirmada por algumas das pesquisas aqui apresentadas. A percepção e avaliação deste gerenciar, entretanto, não é consensual, como se mostrou na discussão deste trabalho.
Resumo na língua do texto: Este estudo teve como objetivo apreender a maneira como as equipes que têm uma mulher como gerente estão construindo representações sociais sobre este gerenciar. Participaram 74 mulheres e 72 homens de equipes que trabalham com sete mulheres que atingiram o topo de carreira, ocupando cargos administrativos nos níveis DAS 5 e DAS 6 da Administração Pública Federal. Utilizou-se a