reportagem
Publicado em 18 de dezembro de 2013 por carlospires http://infoguia.net.br/ O Brasil é conhecido mundialmente por ser o país do “jeitinho”, ou seja, somos famosos por “dar um jeitinho para tudo”, só que este “jeitinho” já é conhecido como sinônimo de malandragem, que significa fazer as coisas de uma maneira não muito correta.
Infelizmente o potencial do brasileiro para a improvisação e para a criatividade, que são características centrais do jeitinho, são situações que podemos sentir ao mesmo tempo, orgulho e vergonha, pois se o jeitinho se refere a uma habilidade refinada para a resolução criativa de problemas, ele também refere-se à nossa capacidade engenhosa de agir corruptamente para obter benefícios pessoais de maneira criativa.
Outros países chamam de alternativas, as formas diferentes de solucionar problemas e encontrar respostas. O jeitinho é entendido como um tipo de ação, que visa obter benefício próprio através de ações ou atitudes fora das regras ou das normas.
Esta situação do “jeitinho brasileiro” chama tanto a atenção, que é muito estudada tanto na antropologia quanto na sociologia, e é enfatizada como um aspecto central da identidade cultural brasileira. O símbolo do malandro, ilustrado pelo personagem de desenho Zé Carioca, demonstra a essência deste modo flexível, porém muitas vezes prejudicial a terceiros.
Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, perdemos uma grande chance de mostrar ao mundo que aqui não existe o chamado “jeitinho brasileiro”, como muitos pensam, mas que existem sim, excelentes pessoas e profissionais, que buscam através da sua criatividade, do seu jogo de cintura e da sua inteligência, buscar soluções alternativas para problemas que surgiram de forma inesperada.
Mas infelizmente mais uma vez demos e continuamos dando um “show” de desorganização, com atrasos nas obras, explicações desencontradas, desculpas esfarrapadas, culminando com uma entrevista do ex jogador Ronaldo