Reportagem
Roseli P. Schnetzler
Neste artigo, são discutidas algumas concepções e apontados alguns alertas sobre formação continuada (FC) de professores de Química, contribuindo com critérios que auxiliem professores da educação básica e formadores de professores (professores universitários) a elaborar e desenvolver ações de FC que sejam mais efetivas, já que baseadas em parcerias colaborativas. A análise de quatro dessas parcerias, publicadas em Química Nova na Escola, permite evidenciar os problemas de ensino de Química abordados, os temas discutidos pelos participantes, a participação do professor universitário nessas parcerias e os principais resultados obtidos. formação continuada, docência em química, parceria colaborativa
Recebido em 15/10/02, aceito em 24/10/02
Concepções de formação continuada
C
ertamente há várias razões para incentivar ações e programas de formação continuada (FC) se, de fato, acreditamos na melhoria das escolas em nosso país e, portanto, na educação como direito de cidadania.
Nesse sentido, destaco, em primeiro lugar, a necessidade de um contínuo aprimoramento profissional do professor, com reflexões críticas sobre sua prática pedagógica, no ambiente coletivo de seu contexto de trabalho, porque o assumo como profissional e, portanto, submetido às condições sociais de produção do seu trabalho docente.
Tal razão expressa, também, que a melhoria efetiva do processo de ensinoaprendizagem em Química acontece por intermédio da ação do professor, uma vez que o fenômeno educativo é complexo e singular, não cabendo receitas prontas produzidas por terceiros, sejam coordenações pedagógicas, secretarias de educação ou mesmo universidades bem intencionadas para com o trabalho docente.
Uma segunda razão diz respeito à necessidade de se superar o distanciamento entre contribuições de pesA seção “Espaço aberto” visa abordar questões sobre professores de Química.
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA
isto, a visão sobre a